Igreja de Nossa Senhora da Vitória
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A primitiva Igreja de Nossa Senhora da Vitória foi edificada pelo bispo D. Frei Marcos de Lisboa, por volta de 1539. A igreja terá sido erguida no local da antiga Judiaria Nova. De acordo com uma antiga tradição, admite-se que a construção desta igreja esteja ligada a um compromisso firmado no séc. XVI, entre a vereação da Câmara e os adeleiros, ao que parece, na sua maioria cristãos-novos, que se comprometeram a custear as despesas com a pavimentação da rua e com a construção de uma igreja no local.
Em 1583, data em que D. Frei Marcos de Lisboa criou a paróquia da Vitória, a igreja passou a desempenhar as funções de igreja paroquial, missão que continua atualmente a deter. Era, contudo, considerado um templo muito pequeno e baixo, motivo pelo qual, em 1604, o mestre pedreiro Pantaleão Braz foi encarregue da sua ampliação, que se consumou no ano de 1638.
Em 1755, data em que o edifício ameaçava ruína, iniciou-se a reedificação e recuperação do espaço. A igreja foi reconstruída entre 1756 e 1766 durante a vigência do bispo D. Frei António de Sousa e inaugurada a 5 de agosto de 1769, por ocasião de mais um período de vacância da Sé (1766/1770). A igreja viria, posteriormente, a ser fortemente danificada por dois violentos percalços, aos quais naturalmente estão ligadas outras tantas reconstruções: o Cerco do Porto (1832/34), no qual a igreja foi várias vezes alvejada pela artilharia miguelista instalada do outro lado do rio, em Vila Nova de Gaia, e o incêndio de 1874, que destruiu o altar-mor e a imagem de Nossa Senhora da Vitória.
Marcam a história desta edificação o passado medieval que remete para a presença determinante na urbe da Judiaria, anotando-se que a construção da igreja poderá assentar sobre uma antiga sinagoga, e para as lutas liberais encabeçadas por D. Pedro, sitiado no Porto por D. Miguel, seu irmão, nos anos de 1832/1833. Nestes confrontos, colaboraram figuras mediáticas do Porto de meados do século XIX, salientando-se Almeida Garrett, cuja casa se encontra nas imediações da igreja.
Sob o ponto de vista arquitetónico, estamos perante uma construção de estilo clássico, onde são evidentes algumas influências jesuíticas. Salienta-se, no seu interior, a imagem de Nossa Senhora de Fátima e a imagem do Sagrado Coração de Jesus, obras da autoria de Guilherme Thedim, a sanefa sobre o arco cruzeiro encimado pela imagem de Nossa Senhora Vitória e a imagem de Nossa Senhora da Vitória, da autoria de Soares dos Reis que se encontra num altar lateral.
A população local identifica uma bala incrustada na parede exterior como sendo uma bala do tempo das lutas liberais no Porto. Hoje, é possível visualizá-la na parede sul.
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Altar da Igreja de Nossa Senhora da Vitória | Altar da Igreja de Nossa Senhora da Vitória | Casa na Rua de S. Miguel que apresenta na fachada azulejos setecentistas provenientes da sala do capítulo do Mosteiro de S. Bento da Vitória |
Horários de culto: terças e quintas às 18h30; quartas às 10h; sábados às 16h; domingos às 10h30
Festas Religiosas: Nossa Senhora da Vitória - último domingo de maio; Senhor da Boa Fortuna - último domingo de agosto.
Tempo de visita guiada – 15 minutos
Horário da visita livre:
Terça a sexta - 9h às 12h e 16h às 19h30
Sábado - 9h às 12h e 14h30 às 17h
Domingos e feriados religiosos - 9h às 11h30
Segunda - Encerrada